quinta-feira, 2 de junho de 2011

FAZER ALGO PARA ALGUÉM

Que folgado!!!
João, meu marido, não guarda as roupas dele! Deixa tudo jogado... Eu corro o dia inteiro, deixo as coisas em ordem, lavo roupa, passo roupa, faço comida, cuido das crianças e nem peço ajuda para ele!
E eu? O que eu ganho em troca disso?

Então, quando entro na sala, bem no centro dela... Lá está! Um belo presente para mim!

Um par de sapatos de couro marrom, tamanho 41, com uma meia fedida e embolada dentro de cada pé.

Que horror!!!

Custa recolher os benditos sapatos da sala?
Custa guardar as roupas jogadas?
Qual será o problema dele?
Quando chegar do trabalho vou ter uma conversa com ele, onde já se viu!

Até parece que vai cair a mão dele se fizer essas coisas...

Até parece que vai cair a mão se recolher as coisas...

...

Cair a mão...
Mão de quem?
Custa recolher?
Me custa recolher?

Até parece que vai cair a minha mão...

“Se tua mão direita te escandalizar corta-a e atira-a para longe de ti, porque é melhor que um dos teus membros se perca do que seja todo o teu corpo lançado no inferno.”

“...antes o maior entre vós seja como o menor e quem governa, como quem serve.”

“Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós também deveis lavar os pés uns dos outros.”


Vida de casado... ou melhor, conviver...

Hoje convivemos não só com nossos maridos e esposas, mas com nossos filhos, pais, tios e avós, chefes, colegas de trabalho, com o padeiro, com o caixa do mercado, com o cobrador e passageiros do ônibus, com os motoristas de taxi, com os motoristas barbeiros no trânsito (aliás, um perigo para nós!). Passamos a nossa vida nos relacionando com as pessoas de todos os jeitos.

Aprendemos muito uns com os outros. Aprendemos coisas boas, podemos ser acrescidos através de conhecimentos transmitidos pelos outros. Isso é muito bom...

Mas o que o motorista barbeiro pode me ensinar???
Imagine: Você está cansado e voltando do trabalho, enfrentando o maior trânsito há pelo menos uma hora e então, eis que recebe uma bruta “fechada” da Dna Maria (Dnas Marias: eu gosto desse nome, minha filha se chama Maria... é só força de expressão, viu?) Uma fechada daquelas que você não sabe se breca o carro ou enfia a mão na buzina por dois minutos seguidos...
Se você não a xingou, fez bem, mas talvez seu cérebro queria ter um trator e passar por cima do Corolla dela...

E o que você aprende com uma Dna Maria dessas??? No máximo a receber uma multa por dirigir ameaçando os demais veículos (Acredite, a multa é de R$ 191,54 + 7 pontos na CNH). Aliás, há quem diga que essas “Donas Marias” deveriam receber uma multa só por se atreverem a sair de casa...

 Você não sabia, mas ligaram da escola para a Dona Maria, dizendo que a filha dela havia caído do escorregador e quebrado uma perna. A Dona Maria estava apressada para encontrar a filha de 7 anos que foi levada para o hospital pela coordenadora da escola.
Ela não viu o seu carro e quase bate nele.


E então você pode dizer: Ah! Mas esse é um caso a parte...
OK, mas o ponto é: você não sabia.
Você não sabe o que o outro está passando para que agisse daquela forma. Pode ser uma mera distração, ou pode ser algo mais grave.
O ponto é: você não sabe.
Talvez poderia ser você a fazer a vez da Dona Maria... Será que somos melhores que a Dona Maria?

“Pois quê? Somos nós mais excelentes? De maneira nenhuma, pois já dantes demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado;” Rom 3:9
Somos todos falhos: “Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.” 1 Jo 1:8


*...................................Lembra daquele sapato no meio da sala?..........................................*

Você sabe o que seu marido está pensando quando deixa o sapato fora do lugar? Você sabe o que sua esposa está pensando quando reclama que não aguenta mais fazer tudo sozinha?



Que tal compreender ao invés de julgar?

Pode ser uma mera distração, ou, pode ser que o seu marido chega tão cansado do trabalho, aguentando aquele chefe mala todos os dias, brigando com os mais diversos problemas para trazer provisão para a casa de vocês, que ele só pensa em uma coisa: chegar em casa, tirar os sapatos e descansar.  

Pode ser uma frescurinha, ou, pode ser que sua esposa esteja realmente cansada de lavar louça pelo menos duas vezes por dia, cozinhar enquanto atende o telefone e recolhe a roupa do varal,  passar roupa e ensinar a lição de casa para sua filha ao mesmo tempo e ainda colocar seu filho de castigo por ter gritado com ela.

Lembra do que a esposa falou quando viu os sapatos jogados na sala?

Até parece que vai cair a mão se recolher as coisas... “

Que tal se eu deixasse cair a minha mão ao invés de criar aborrecimentos no relacionamento com meu marido?

Você pode fazer isso? Arrancar aquilo que causará escandalo?

“Se tua mão direita te escandalizar corta-a e atira-a para longe de ti, porque é melhor que um dos teus membros se perca do que seja todo o teu corpo lançado no inferno.” Mateus 5:30

Você pode arrancar de si o egoísmo e deixar de se considerar maior que os outros? Talvez se concentrar em servir? Em humilhar-se?

“...antes o maior entre vós seja como o menor e quem governa, como quem serve.” Lucas 22:26

“Ora, se eu, Senhor  e Mestre, vos lavei os pés, vós também deveis lavar os pés uns dos outros.” João 13:14

Experimente lavar os pés do seu marido ou esposa, ou da Dona Maria HOJE.

Já te aviso: Pode ter chulé, frieira, unha encravada. Podem doer suas costas. Pode até mesmo espirrar água suja no seu rosto...
Mas HÁ ALGO BOM NISSO: lavando os pés alheios, você estará lavando a si mesmo:
da amargura,
da raiva,
das brigas,
da tristeza,
do rancor,
do egoísmo,
do orgulho,
da inveja
e de tantos outros pecados que escorrem de você quando
LAVA, releva, perdoa, compreende a sujeira dos pés alheios.  
Você tem duas opções:

                     Viver bem ou viver mal.              Viver ou morrer.

Catapora é contagiosa, vem com febre, coceiras e inflamações.

AMOR, É CONTAGIOSO: VEM COM CARINHO, COMPREENSÃO E RENÚNCIA.


Jesus te ama e eu também!
(Frase de Thuany Slesaczek)

Deus os abençoe!

Abraço a todos.

Carol Bispo